Mudar o passado é possível? Você acredita nisso?

Por esses dias escutei que devemos parar de pensar nas vivências antigas, porque mudar o passado não é possível. Parar de pensar no futuro, porque ele ainda não aconteceu. E devemos viver apenas no presente. Poucas vezes discordei tanto de uma afirmação pronunciada durante uma meditação guiada. Pois, ao meu ver, a percepção que temos do aqui e agora é uma ilusão.

Aquela criança que sentiu não ter recebido carinho no passado, continua viva no presente. Agindo e falando por você, sem que você perceba. A pessoa que, em algum momento no passado, foi traída, abandonada, esquecida, continua a se manifestar neste exato agora em você. Em sensações que você muitas vezes não entende. Em palavras pronunciadas em lapsos, arrebatamentos. Em escolhas feitas que apenas te levam a sentir mais e mais dor. A repetir um padrão que você não consegue abandonar.

O psicoterapeuta Carl Jung explica que nossa formação psíquica é composta por várias “ilhas”, as quais chamamos de complexos. Essas formações podem vir carregadas por muitas dores e assumir a sua personalidade por inteiro, se apoderando do seu ego, quando recebem um gatilho. Você acredita que escolhe as suas vivências de acordo com o seu sentir no presente. Sem ter ideia de que, talvez, o seu complexo materno esteja te dizendo que você não pode se permitir viver um relacionamento amoroso feliz, porque precisa repetir a história de sua mãe.

E, sem perceber, o seu passado constela e você repete uma história que sequer é sua, no aqui e agora. Acredita que o que passou está esquecido. Sem ter ideia de que, enquanto não aprendemos a acolher e honrar o que foi, o passado, em vez de uma oportunidade de aprendizado, assombra pedindo retratação. Os nossos complexos seguem com a gente durante toda a vida. Porém, processos terapêuticos nos permitem “enfraquecer” essas potências psíquicas, para que possamos, cada ver mais, gerenciar nossas vidas de forma saudável.

Como fazemos para mudar o passado?

Muito do que você acredita viver ou sentir neste exato momento, ou que você acredita que o outro pensa ou sente, ou que você acredita que a sociedade vai fazer em resposta aos seus atos, não passa de fantasia. Resultado de seus filtros internos, ou complexos, que fazem você perceber o mundo ao entorno de forma única, muitas vezes bem distante da realidade.

Não que, para mim, exista realidade última. A meu ver, essa percepção também é ilusória, quando cada ser tem potencial infinito de criar sua percepção de mundo. Mas muitas vezes essa percepção é totalmente distorcida. Não só do mundo externo. Mas de nós mesmas. E sequer nos damos conta disso. E o seu ego vai cedendo à cegueira dos seus complexos que te dominam.

Ao escolhermos nos olhar e nos acolher com amor, assumindo a responsabilidade por nossos atos, podemos olhar para trás e nos dar conta de que talvez não tenhamos sido tão vítimas assim. Não tenhamos sido tão bem resolvidas assim. E nossa percepção e sensação sobre pessoas e situações antigas muda totalmente. Quando mudamos nossa forma de olhar para trás, nosso passado se transforma.

E como alguém que entrou em uma máquina do tempo e regressou, nos damos conta de que nossa realidade atual é outra, pois somos outra pessoa, muito distante do que imaginávamos ser. Uma viagem que pode ser feita junto com uma terapeuta que facilite seu processo e te apresente possibilidades de jornada da alma. Em uma condução que pede amorosidade e acolhimento.

O inconsciente e suas possibilidades

Assim acontece com o futuro. Temos potencialidades inimagináveis, que quando despertadas no hoje, nos colocam em contato direto com o vir a ser. Com um poder tão grande, que essa sensação pode nos abrir para os melhores sabores. Nos ampara para lidar com as maiores dores. Não aquelas criadas por nossos filtros. Mas as sentidas pelo descortinar deles.

O processo terapêutico não vem apenas com o objetivo de olhar para traumas e dores reprimidas. Segundo Jung, nosso inconsciente não guarda apenas dor. Mas uma capacidade infinita de contato com nossas potencialidades. É possível se conectar no presente com a faísca do seu vir a ser e tornar sua caminhada mais leve.

O passado e o futuro coexistem em você neste exato agora. Para viver na presença, precisamos aprender a olhar e acolher tudo o que já foi e as potencialidades do que pode ser.

Atendimentos com terapia integrativa no Espaço Amora

Vivências facilitadas pela terapeuta, jornalista e artista plástica Cláudia de Sousa Fonseca. Agendamento pelo WhatsApp (21) 98101-2020. Confirmação de horário após realização da transferência bancária.

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