Você já sofreu com pessoas tóxicas? Eu já. E é muito confortável apontar a sombra do outro, afirmando o quanto essa pessoa é má. E não se dar o trabalho de olhar o quanto você já foi a parte tóxica ao longo de sua jornada, sem se dar conta disso. Quando olhamos para nosso jardim, preferimos colorir a grama com tons diferentes; “mas eu não fiz por maldade”; “eu errei querendo acertar”; “eu só queria ajudar, que absurdo pensarem isso de mim”. E é aí que encontramos aquela pessoa que se torna tóxica justamente por querer fazer o que ela julga ser o bem.
Não nos cabe decidir o que é melhor para o outro. Ou exigir que nosso filtro de realidade seja o mesmo para todo mundo. O que é bom para você, o que faz sentido para você, diz respeito somente a você e mais ninguém. Querer impor um estilo de vida, insistir em corrigir e apontar ditos defeitos, questionar tudo o que a pessoa faz por acreditar que ela está errando, é um clássico do ser tóxico.
“Mas o que ela faz é prejudicial para ela, eu preciso apontar os erros para serem corrigidos”. Não, você não precisa. Uma das maiores premissas do tal livre arbítrio (seja lá o que isso queira dizer) é ter o direito à humanidade de errar. Tirar isso de alguém é atentar às inúmeras possibilidades de aprendizado que a vida oferece. E o que te faz pensar que a tua forma de ver o mundo vai ser a melhor para alguém com uma historicidade totalmente diferente da tua?
O psicoterapeuta Carl Jung dizia que toda vez em que nos inclinamos desmedidamente para um polo, somos arrastados ao outro. Exemplificando, quando cobiçamos demais a luz da bondade e buscamos exercê-la de forma desmedida, é fácil cair na sombra da prepotência egoica que nos coloca no lugar de salvadores do mundo, quando ninguém no mundo precisa ser salvo por você além de você mesmo.
A toxidade não fala sobre uma pessoa boa ou má. Acredito que todas as nossas ditas “maldades” nada mais são do que impulsionadas por uma grande dor, muitas vezes inconsciente. A toxidade, a meu ver, fala sobre isso. Sobre projetar nossas dores no outro.
Por “maldade”ou “bondade”, todo mundo já foi tóxico um dia. E tudo bem. Também podemos nos perdoar por isso.
Foto: Processo Terapêutico Amor.a Fototerapia realizado em nosso estúdio fotográfico, pela fotógrafa e terapeuta @claudia.sousafonseca
Como trabalhar um relacionamento com pessoas tóxicas?
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Atendimentos terapêuticos no Espaço Amora
Cura Prânica e o corte de elos negativos com relacionamentos tóxicos