* “Projeções: Participação Mística como um convite ao sentir” compõe uma das sete séries da exposição “Arrebatamento Sensorial – Um convite à revolução do sentir”.
Em 2022, o artista visual Jr. Franco me convidou para fazer parte do projeto Body Projection, com as minhas pinturas. Na atual proposta de trabalho, pessoas comuns são fotografadas ou filmadas durante performances, ao som de uma playlist especial, enquanto imagens são projetadas em seus corpos nus.
Durante o ensaio, que foi realizado no antigo estúdio do Jr., no bairro da Glória (RJ), revezamos o nosso trabalho com fotografia artística. Primeiro eu fui a modelo, depois fiz os registros dele. “Entrar” nos meus quadros foi uma experiência única. Depois, ver o Juninho integrar as pinturas que produzi e dar uma leitura totalmente nova de minhas obras, foi muito especial.
Eu dizia para ele: “sinta o que essa imagem tem para te dizer e se posicione no quadro”. Ele falava o que cada uma despertava nele e me mostrava aspectos de minhas pinturas que eu sequer tinha visto.
O Jr. Franco acompanhava o meu Instagram e disse que foi cativado não apenas pelos quadros, como também pelos textos que acompanham cada uma das postagens. Quando me fez o convite para participar do projeto, ele disse ter percebido que as obras significavam muito.
Para ele, minha arte era uma nítida declaração de sensações que eu estava passando no momento em que eu as produzia. E ele queria ver como esse sentir em forma de pintura atravessaria o corpo, com as diferentes texturas. Para mim, o ensaio resultou na mesma profundidade de criação de meu trabalho com as tintas.
Participação Mística: fusão do eu no outro
As imagens projetadas foram um convite para a conexão com as obras a partir de um olhar mais profundo. O permitir que afetos, memórias, sensações, emerjam durante a contemplação. Um autorizar-se que o próprio sentir, projetado nas imagens, seja incorporado, a partir do posicionamento corporal na obra. Entrar na imagem. Fazer do corpo uma obra de arte, que conversa com os conteúdos psíquicos de todas e todos que com ela tiveram contato.
Essa vivência é um convite à permissão de um posicionamento corporal que se manifesta sem atribuição de sentido ou racionalidade, ao contato com a obra. Na imersão de um aspecto psíquico, manifestado em imagens. À uma memória mimética corporal, com potencial de nos conectar com informações arcaicas, armazenadas na memória coletiva.
Abrindo espaço para um breve momento de Participação Mística, em que a projeção de conteúdos inconscientes se fundem. Para que, a partir dessa comunhão, possa surgir um novo caminho para conexão com o nosso eu interior. Com um genuíno amor por si. Em que inicia-se a consciência de que não somos maior, menor, nem igual ao outro. Simplesmente somos. Rendidas e rendidos ao poder exercido pela conexão de nossas relações.
A revolução do amor
Michel Foucault afirma que todas as relações sociais são relações de poder. Porém, vou além da percepção de uma estrutura de poder que esteja direcionada apenas a um processo de punição e vigilância. Assim como discordo de muitas interpretações sobre a frase “onde o amor impera, não há desejo de poder”, creditada ao fundador da psicologia analítica Carl Jung. Com frequência vejo a palavra PODER ser apropriada de forma pejorativa, impositiva. Isso é uma crença que precisa ser desconstruída.
Quando reconhecemos o nosso poder, nos permitimos exercer poder sobre o outro e nos render ao poder que o outro exerce sobre nós. Quando nos apropriamos do nosso espaço, nos permitimos processos alquímicos que nos vinculam com outras almas. Um estado de Participação Mística, sem a perda de nossa individualidade. Um amor que não vem com o objetivo de preencher nossos vazios. Mas sim, de criar novos vazios dentro de nós. Lugares em que construímos a narrativa de nossa caminhada, a partir de genuíno querer.
Uma coisa é querer controlar, dominar. Outra coisa é aprender a lidar com o poder que exercemos sobre o outro e aceitar o poder que o outro exerce sobre nós. A meu ver, quem abre mão da própria potência e capacidade de exercer influência, fascínio, inspiração, abre uma brecha para ser domesticado por outras pessoas e instituições. Quem reconhece o próprio poder aprende, inclusive, a lidar melhor com a necessidade de controle.
Reconhecer o nosso lugar no mundo, o nosso tamanho, a partir do acolhimento do nosso sentir, do sentir que nos rodeia, é a maior revolução de todas.
Agende sua vivência fotográfica
É possível realizar a vivência fotográfica de imersão nas telas. A vivência fotográfica, que acompanha atendimento terapêutico, é realizada no Rio de Janeiro.
Arte e vivências terapêuticas
As obras da exposição Arrebatamento Sensorial – um convite à revolução do sentir estão à venda. Caso ocorra a conexão com algum dos quadros, a aquisição pode acompanhar uma vivência terapêutica de acesso ao inconsciente, para que seus conteúdos psíquicos sejam trabalhados.
A sessão terapêutica também é possível sem a compra do quadro.
O contato com a arte pode ser curativo. Uma conexão livre de juízos de valor que envolvam qualidade técnica ou estética, aceitando o processo como uma pura personificação do inconsciente, pode causar impactos inimagináveis em nosso mais profundo eu. Sem saber, projetamos ali nossas dores e amores.
Como funciona o atendimento
A ferramenta terapêutica aplicada no trabalho é o atendimento Falas Sistêmicas. A sessão corresponde a uma vivência de acesso a conteúdos psíquicos, com a primeira parte da técnica Alinhamento Energético – Fogo Sagrado, associada com Imaginação Ativa a partir de Imagens Arquetípicas.
Atendimentos no Espaço Amora Terapias Integrativas
As vivências são facilitadas pela terapeuta, escritora e artista plástica Cláudia de Sousa Fonseca. Atendimento online e em Copacabana, no Rio de Janeiro. Confirmação de horário após pagamento da sessão, via PIX ou transferência bancária. Agende horário pelo WhatsApp (21) 98101-2828.
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