Ensaio fotográfico artístico Charles Chaplin | Retrato Terapêutico Amora Fototerapia | psicóloga Estefany Flor | Fotógrafa Cláudia de Sousa Fonseca | Espaço Amor

Charles Chaplin

Charles Chaplin

em meios às notas musicais que crio
rodopio.
como não houvesse espaço ou tempo a me guiar.
ou dizer o momento que basta
para tudo o que vibro e sinto.
enquanto ouço o belo canto deste som a preencher
meu vazio.
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nesta eterna busca por mim mesma.
onde cada nota integrada em mim permite
um olhar mais profundo sobre o que sou
quem sou
agora.
num mergulhar constante aonde tento
não sem dificuldade
encontrar equilíbrio entre a luz e a sombra
ambas partes iguais de minha alma
por hora.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
mas quanto mais sinto e mais me afundo
nesta canção a entrar,
não apenas por meus ouvidos
mas em cada célula de meu corpo,
mais insatisfeita fico
ao perceber o quanto ainda me falta alcançar para
enfim, contemplar
o que julgo ser minha versão perfeita
mesmo dizendo para mim, em vão
não existir perfeição.
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mesmo sabendo estar ainda tão distante
minha capacidade de compreensão
da plenitude de apenas ser.
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e nesta insatisfação constante não me permito
ver
quem sou e o que fiz de mim até agora.
nesta caminhada onde tanto já me encontrei.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
mas visão segue debilitada por vendas
que eu mesma coloquei
em meus olhos.
e não me permitem sentir, ouvir, vibrar
a música a entoar
sobre todos os meus sentidos.
e me desautorizam a enxergar
as notas a penetrarem
uma por uma
em mim.
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nesta cegueira voluntária
só eu sei o quanto não aceito
todo amor que mereço.
e tenho também
para dar.
justificando
a cantarolar:
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“eu tenho medo
pois se tanto já vejo
sem querer enxergar;
se tanto já sinto
sem me permitir olhar;
o que seria de mim se
enfim
me permitisse
todo o potencial de contemplar
o outro.
mesmo aprendendo
a cada dia mais um pouco
olhar profundamente para mim mesma”.
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e neste questionamento
me pego a ouvir o canto da sereia
a convidar
me afogar
no mar
de minhas emoções.
e a explicar
ser morte também renascimento
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e me batizar em suas águas
cantando sua doce voz de cura
enquanto mergulho
em mim mesma:
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“o que sou vem de você
sou a energia de sua força,
sensibilidade, coragem
a dizer:
não use seu medo de enxergar o mundo
como justificativa de sua negação.
quando coragem não falta
nesse coração
disposto a se amar e amar em profundidade
plena”

e percebo
lá no mais profundo dessas águas
prestes a morrer afogada
ser na verdade, a me dominar
não exatamente o medo
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mas uma sensação de que
deste tudo
este tanto
de enxergar sem barreiras
eu não mereço.
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e para me curar destas minhas dores
[tantas são elas]
vou curando quem me rodeia
e aprendendo,
a cada nota escutada
cantar, para mim mesma.
ressoando com doçura
minha melodia
sem culpa, sem receio:
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“me amar
e amar o outro
sim,
eu aceito”.

Poema “Charles Chaplin
Escrito pela terapeuta e poetisa Cláudia de Sousa Fonseca para a psicóloga Estefany Flor, após o processo Retrato Terapêutico Amora Fototerapia

Tema da vivência Fotográfica: Charles Chaplin

A vivência fotográfica com a temática “Charles Chaplin“, realizada pela psicóloga Estefany Flor, faz parte do processo Retrato Terapêutico Amora Fototerapia. Um profundo mergulho na alma, a partir da visualização de imagens inconscientes e ressignificação de conteúdos psico-emocionais. O trabalho inclui fotografia artística, 60 fotos editadas e tratadas, mais um poema escrito exclusivamente para a/o modelo.

Retrato Terapêutico Amora Fototerapia no Espaço Amora

Os atendimentos são facilitados pela terapeuta, escritora e artista plástica Cláudia de Sousa Fonseca, responsável pelo desenvolvimento da técnica. Agendamento apenas após pagamento da sessão, que pode ser efetuado por PIX, transferência bancária ou cartão de crédito. Confirmação de horário pelo WhatsApp (21) 98101-2828.

Confira os detalhes e as propostas de orçamento do Processo Terapêutico Amor.a Fototerapia